Leitura
deleite: O olhar do educador
Os alunos não são iguais,
aquela ideia de classes homogêneas, do professor chegar e falar do mesmo jeito
em três turmas diferentes, ensinar a mesma coisa em três turmas diferentes, dar
o mesmo trabalho em três turmas diferentes, fazer a mesma prova para três
turmas diferentes, só porque eram da mesma série, isso é coisa do passado.
Qualquer professor consciente, responsável, verdadeiro educador hoje, sabe que
cada turma é diferente da outra, que em cada turma, cada pessoa é diferente da
outra, cada um tem seu jeito de aprender, cada um tem o seu jeito de lidar com
o conhecimento, cada um traz a sua história pessoal, cada um têm as suas
motivações, cada um têm as suas dificuldades, e a dislexia é apenas uma apenas
uma e nada mais do que isso, uma dificuldade no meio de tantas outras... Então
o olhar do educador tem que ser como o olhar do Pai, que tendo dois, quatro, ou
cinco, ou dez filhos, ele sabe que cada um é de um jeito. Com um ele tem que
escolher as palavras, com um ele pode cobrar com veemência, o outro ele tem que
seduzir, tem que cativar, o outro é mais agitado, o outro é mais calmo, um é
mais tímido, enfim, o Pai quer o melhor para todos e nem por isso ele senta
todos na cadeira e dá aulas de vida, e exige as mesmas coisas no mesmo prazo.
Ele quer que todos cheguem lá, que todos sejam felizes, pessoalmente,
profissionalmente... Mas Ele vai tratando cada um, exatamente como são: únicos!
Cada um de nós pode ser
mais útil se aprender olhar as pessoas através das janelas ao invés de
espelhos. É só uma questão de olhar.
Trecho extraído de uma
entrevista para monografia, de autoria do prof. Mário Ângelo Braggio
Adaptação: Patrícia
Araújo
Imagens: Getyimage e
google
Trilha sonora: Ministério
Apascentar
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